Crise de energia no Amapá: operação do PoP é mantida por geradores
O Amapá está atravessando um incidente sem precedentes de isolamento energético desde o dia 3 de novembro, quando uma falha na distribuição de energia atingiu 14 de 16 municípios do estado. O serviço foi interrompido após um incêndio na principal subestação da região, causando uma crise que deixou os habitantes totalmente sem eletricidade.
Além do impacto direto em serviços essenciais à população, como abastecimento de água, conservação de alimentos e medicamentos, um setor também atingido foi o de telecomunicações, dificultando o acesso à telefonia e à internet, e impedindo a comunicação em meio à crise, mesmo que localmente.
As principais instituições de ensino e pesquisa do estado ficaram isoladas e com dificuldades no acesso à internet. No entanto, a operação do Ponto de Presença da RNP no Amapá tem sido mantida durante esse período devido ao apoio da sua instituição-abrigo, a Universidade Federal do Amapá (Unifap), que, no momento mais crítico dessa crise, cedeu combustível para o grupo gerador que atende ao PoP.
Segundo o coordenador técnico do PoP-AP, Everton Vieira, devido à dificuldade de comunicação e às filas formadas nos postos de combustíveis, é possível que essas instituições enfrentem um isolamento da rede acadêmica nacional e sofram indisponibilidade no acesso à internet nos próximos dias. “Infelizmente a maior parte das instituições usuárias ainda segue isolada, mas podemos ter um pouco de alívio em certos aspectos, principalmente em relação ao PoP”, informou Everton.
No momento, as autoridades iniciaram um plano de racionamento no fornecimento de energia que começa a operar em algumas localidades. De acordo com Everton, como o PoP-AP está localizado em uma área próxima ao Hospital Universitário da Unifap, cedido ao Governo do Estado para UTI e Centro Covid, o fornecimento energético está sendo normalizado e a atividade do grupo gerador tem diminuído consideravelmente. “Conseguimos ainda alguma reserva de combustível para evitar qualquer incidente de isolamento”, avaliou.
Confira o depoimento do coordenador técnico do PoP-AP, Everton Vieira: