Cybersecurity++ faz parceria com a aceleradora Baita
A Cybersecurity++, startup que oferece soluções em segurança cibernética, firmou um acordo com a aceleradora Baita, para continuar o desenvolvimento de seus negócios. A empresa, que surgiu dos Programas de P&D da RNP, está na terceira e última fase do Programa Startup Brasil. Nessa etapa, as empresas em aceleração recebem recursos financeiros e bolsas de pesquisa, além de poderem participar de eventos e atividades de capacitação e aproximação com clientes e investidores.
A empresa é especializada em sistemas para antecipação de ameaças cibernéticas e também presta consultoria de análise de riscos para organizações públicas e privadas. Ela foi criada após a participação no Grupo de Trabalho EWS, que recebeu o apoio da RNP, no período entre 2014 e 2016. Além do Startup Brasil, a Cybersecurity++ também participou do Programa InovATIVA Brasil, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e do Sebrae Nacional.
Confira os próximos planos da startup na entrevista com o CEO Wagner Monteverde.
Qual é a sua expectativa para a parceria com a Baita?
Otimista! Quem me apresentou à Baita foi a RNP, pela ampla experiência da aceleradora com startups de base tecnológica. Além disso, eles contam com uma metodologia de aceleração validada com ótimos resultados. O principal diferencial da Baita é sua experiência de mercado por meio de sócios e contatos que acompanham de perto o processo de aceleração de suas startups.
Quais são os resultados esperados nesta etapa do Programa Startup Brasil e os próximos desafios da empresa?
Um dos principais desafios da CyberSecurity++ é ampliar seu segmento de clientes, definir estratégias de entrada no mercado e estruturar seu funil de vendas. Temos o objetivo de nos tornar referência no mercado brasileiro como uma startup de segurança cibernética que aplica Inteligência Artificial para resolver as dores de seus clientes. Hoje atendemos ao segmento de Centros de Resposta a Incidentes de Segurança (CSIRTs), um deles é o CAIS/RNP. Entre os segmentos promissores, estão os setores bancário e de serviços financeiros.
Como é possível aplicar Inteligência Artificial em soluções de segurança?
É fato que as ameaças cibernéticas estão cada vez mais sofisticadas e que as ferramentas de defesa ainda precisam de muita evolução. As infraestruturas de TIC e soluções de segurança atuais geram um grande volume de dados (Big Data), o que torna praticamente inviável a captura e a análise completa por um analista de segurança humano. A inteligência artificial (IA) aplicada a soluções de segurança já existentes atua como um analista 24x7, possibilitando tomar decisões em tempo real, baseadas no comportamento e análise de todo o conjunto de dados gerados pelo ambiente computacional. Dessa forma, ao fazer esse tratamento preliminar dos dados e evidenciar situações de risco potencial, a IA torna-se forte aliada dos times de segurança, ampliando e tornando mais efetiva sua capacidade de atuação.
Quais são as necessidades dos clientes já mapeadas para esse setor?
Uma realidade dos dias de hoje é que os sistemas e infraestruturas geram uma quantidade massiva de dados. Umas das dificuldades dos profissionais já mapeadas é que os mesmos gastam muito tempo em tarefas de análise e confirmação de informações de possíveis ataques. Além disso, os times de segurança muitas vezes não têm completa visão em tempo real do que acontece em suas infraestruturas, aplicações e comunicações, bem como possíveis alterações e anomalias. Essas são algumas das dores em que a aplicação de IA pode aliviar a carga desses profissionais e dar uma visão em tempo real de anomalias e ameaças à segurança das organizações, possibilitando reação quando necessário.
Sobre o Programa Startup Brasil
O Programa Startup Brasil lançou edital em agosto de 2017, com recursos de R$ 9,7 milhões para 50 projetos de empresas nascentes de base tecnológica, com aceleração até 2018. Cada startup deve receber uma bolsa de até R$ 200 mil, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os recursos são do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
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