Na última sexta-feira (10/3), foi inaugurada a Rede Metropolitana Comunitária de Educação e Pesquisa de Chapecó, que conecta 12 pontos entre universidades, hospitais e centros de pesquisa. A infraestrutura faz parte do programa Pontos de Agregação da Rede Acadêmica Catarinense (PARC), fruto da cooperação entre a RNP e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).

A PARC-Chapecó contará com mais de 50 km de cabos de fibra óptica que oferecerão aos usuários velocidades de acesso de até 6 Gb/s. O evento de lançamento foi realizado na Universidade Comunitária da Região de Chapecó (Unochapecó) e a RNP foi representada pelo diretor de Engenharia e Operações, Eduardo Grizendi.

“É uma honra e uma alegria muito grande estarmos presentes na PARC. Estamos conseguindo interligar, a partir de uma rede óptica de muita qualidade, todos os sistemas de pesquisa das nossas instituições públicas e comunitárias. Acreditamos em uma evolução significativa, principalmente no âmbito da pesquisa, com o aumento da capacidade de conexão. Mais do que isso, iremos oferecer aos nossos estudantes uma melhoria no tráfego de internet”, celebra Claudio Alcides Jacoski, reitor da Unochapecó. O gestor considera que essa rede representa um "divisor de águas” para a pesquisa e a extensão desenvolvidas na Universidade.

A Rede Metropolitana vai interligar as seguintes instituições: Unochapecó; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC); Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri); Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS); Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc); Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc); e a Associação Hospitalar Lenoir Vargas Ferreira (ALVF). Serão conectados 12 pontos dessas 7 instituições, entre eles o Hospital da Criança, o Parque Tecnológico da Unochapecó, as unidades de zootecnia e de enfermagem da Udesc e o Hospital Regional do Oeste da ALVF.

O gerente de Tecnologia da Informação da Unochapecó, Lissandro Hoffmeister, também acredita que a infraestrutura de alto desempenho trará grandes impactos na região, notadamente com a melhoria das condições para a prática de telemedicina. “Até este momento, pensar em telemedicina seria totalmente inviável devido às condições atuais. Com o projeto PARC-Chapecó, estamos falando em oferecer condições técnicas favoráveis para que isso evolua”, explica.

Como a PARC-Chapecó foi criada por meio de permuta com a empresa ALT Telecom (Acessoline Telecomunicações LTDA), a RNP não teve nenhum custo para lançar os cabos de fibra óptica e também não terá nenhum gasto com a manutenção deles. Toda a infraestrutura óptica da rede já está concluída.

O projeto integra o Programa Redes Metropolitanas Comunitárias de Educação e Pesquisa (Redecomep), da RNP, que implementa conexões nas regiões metropolitanas e em cidades do interior do país interligadas por Pontos de Presença (PoPs) da RNP. No total, mais de 560 instituições consorciadas no Brasil já utilizam a Redecomep, que conta com 45 redes ópticas. Com essa nova infraestrutura, a cobertura total supera a marca de 3,7 mil km de fibra óptica em todo o país, garantindo ainda um acesso às redes nacional e mundial de pesquisa, por meio de conexões de alto desempenho nas cidades beneficiadas. As redes estão presentes nas 27 capitais e em 21 municípios do interior.