MoRENet pretende implantar redes sem fio em 16 campi do país

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- 17/03/2015

A RNP está dividindo sua expertise e pioneirismo na promoção do uso inovador de redes avançadas com outros países, cooperando tecnicamente para fortalecimento da Rede Moçambicana de Ensino Superior e Pesquisa, a MoRENet. O plano de trabalho contempla três eixos de atividades: capacitação em Tecnologia da Informação; intercâmbio de boas práticas em gestão e governança de redes de pesquisa e troca de informações sobre gestão técnica e operacional. A parte moçambicana tem especial interesse nos projetos de rede sem fio universitária, já que existe a expectativa de implantação em 16 campi do país.

A ideia das redes wifi surgiu ao constatar que as universidades que já estavam ligadas à rede acadêmica local não conseguiam oferecer os serviços a um número razoável de usuários, pois o acesso à internet só é possível nas salas de informática. “Com a instalação de redes sem fios, a expectativa é atingir, pelo menos, 50% do universo acadêmico de cada instituição de ensino superior e pesquisa”, prevê o diretor executivo da MoRENet, Salvador Adriano. 

RNP e MoRENet realizam, desde 2013, diversas atividades de cooperação técnica, como elaboração de planos de trabalho, discussão da análise do modelo de negócios, capacitação de profissionais da MoReNet para atuação como multiplicadores de cursos na metodologia da Escola Superior de Redes (ESR) em Moçambique, compartilhamento de documentação sobre política de uso, acordos de cooperação para a iniciativa Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa (Redecomep), visita de técnicos em eventos da RNP, envio de documentos com especificações técnicas e melhores práticas para instalação de sala de videoconferência, apresentação de projetos de redes wifi em campi universitários, acordos de cooperação para a instalação de Pontos de Presença (PoPs), entre outros.

Para Salvador, as atividades de cooperação são muito positivas. “A formação que a RNP, por meio de sua Escola Superior de Redes (ESR), ofereceu aos três engenheiros da MoRENet foi muito útil, tanto para uma visão do que é uma rede madura, mas também de como é seu funcionamento e seus desafios”, avaliou.

A RNP acaba de receber a visita do coordenador do Projeto de Governo Eletrônico e de Infraestruturas de Comunicação e assessor do Ministério de Ciência e Teccnologia de Moçambique, Lourino Chemane, e do diretor executivo da MoRENet, Salvador Adriano. Os executivos tiveram a oportunidade de conhecer os escritórios da RNP em Brasília e no Rio e, também, campi de universidades usuárias dos serviços da organização, para a apresentação dos projetos de implantação da rede sem fio universitária. Foram visitados, em Brasília, o campus da Universidade de Brasília (UnB) e, no Rio de Janeiro, o da Universidade Federal Fluminense (UFF).  “Nosso objetivo era vivenciar experiências de como a RNP funciona. Onde vai buscar o financiamento, como gere a rede, como interage com os clientes e como forma os seus colaboradores”, disse o diretor executivo da MoRENet. 

Para o futuro, Salvador espera, muito em breve, oferecer serviços como Videoaula@RNP, fone@RNP e eduroam, alguns em parceria com a RNP. “Até o final de 2015, nossa meta é ter mais de 80 instituições de ensino superior e pesquisa ligadas à rede”, completou.

Sobre a MoRENet

A Rede Moçambicana de Ensino Superior e Pesquisa (MoRENet) pretende interligar as instituições de investigação e de ensino superior entre si e, posteriormente, conectar-se a redes congêneres, como Ubuntenet, Géant, Internet2, RedCLARA, entre outras. Será nacional e de alta velocidade, disponibilizando serviços de qualidade e de sustentabilidade econômica, tecnológica e institucional, para ser um parceiro fundamental no desenvolvimento da comunidade acadêmica moçambicana

A MoRENet funciona, atualmente, nas instalações do Parque da Empresa Nacional de Parques de Ciência e Tecnologia da Maluana, situado a 60 km de Maputo. O Parque da Maluana pretende ser o catalizador da inovação em Moçambique, com salas de incubação e laboratórios, incluindo espaço para acomodar startups. A rede tem estatuto de projeto dentro do Ministério da Ciência e Tecnologia, Ensino Superior e Técnico Profissional até que ganhe dimensão para a sua autonomia.