RNP assina memorando de entendimento com o Exército para projeto Amazônia Conectada

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- 04/12/2014

No dia 28/11, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) assinou um memorando de entendimento com o Exército para dar início ao projeto Amazônia Conectada, que visa criar uma infraestrutura de fibra ótica no interior do estado de Amazonas e levar conectividade em múltiplos gigabits à região. A cerimônia foi realizada no Instituto Militar de Engenharia (IME), no Rio, e contou com a participação da RNP, do Exército, da Companhia de Processamento de Dados do Amazonas S/A (Prodam), da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Amazonas e o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).

A prova de conceito será realizada em 2015, com a implantação de um sistema de cabo subfluvial com extensão de 10 km no Rio Negro, em Manaus, e a previsão é de que, em 12 meses, o mesmo sistema seja implantado em um trecho de 220 quilômetros, entre Coari e Tefé. Até 2017, outros sistemas estão sendo desenhados para a implantação de cabos subfluviais nos principais rios da bacia amazônica, o que deve levar conectividade para milhares de habitantes das cidades ribeirinhas.

A expectativa é de que o legado do projeto Amazônia Conectada possibilite, à população do interior do estado, uma série de serviços de redes de dados com a mesma qualidade de Manaus, atualmente conectada ao backbone da RNP a 1 Gb/s, como incentivo a atividades de ensino e pesquisa, telemedicina, ensino a distância e ações ligadas à saúde, segurança pública, trânsito e turismo.

Segundo o representante da Supervisão de Rede de Longas Distâncias da Prodam, João Guilherme de Moraes, estudos estão sendo realizados no Rio Amazonas para avaliar o aterramento da fibra ótica no leito, que irá depender de fatores como profundidade e a densidade da água doce. “Do ponto de vista técnico, o sistema de cabo subfluvial chega à complexidade da implantação de um cabo submarino, em que o aterramento do cabo se dá pela salinidade da água”, explicou Guilherme.

O Exército caracterizou os obstáculos em se levar infraestrutura de redes à Amazônia como “Tordesilhas digital” e que o sistema de cabo subfluvial representa uma alternativa inovadora às redes via satélite, apresentando uma capacidade de banda milhares de vezes maior.