RNP ativa conexões com capacidade de 200 Gb/s entre Rio e São Paulo
São Paulo e Rio de Janeiro, as duas maiores cidades do país, passaram a estar conectadas altíssima velocidade com a ativação de dois circuitos de 100 Gb/s interligando os Pontos de Presença da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) nesses estados.
Com capacidade até 20 vezes maior do que a anterior, esta é a primeira conexão de altíssimo desempenho interestadual da Região Sudeste, uma vez que outras regiões do Brasil, como o Sul, o Norte e o Nordeste, já possuíam conexões a 100 Gb/s interligando os seus estados.
“Imagine que existe um projeto de pesquisa na UFRGS que necessita transferir dados para um laboratório na UFF. Essa transferência poderá acontecer através de circuitos entre esses dois estados, todos eles na capacidade de 100 Gb/s, o que tende a tornar essa transferência mais rápida”, explica o diretor-adjunto de Engenharia e Operações da RNP, Ari Frazão Júnior.
Para a RNP, a conexão de altíssimo desempenho beneficia instituições de todo o Brasil que precisam se comunicar com instituições presentes nesses estados da região Sudeste. Para citar um exemplo, a conexão para o uso do supercomputador Santos Dumont, que fica abrigado no Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), em Petrópolis (RJ).
Em uma próxima etapa, por meio do projeto e-Ciber, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a RNP poderá conectar algumas das principais instituições de pesquisa do país, tais como o Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes), no Rio, o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, em Campinas, e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em altíssima velocidade para atividades de colaboração.
“O que temos hoje é uma supervia que foi construída entre esses dois estados, onde temos a garantia que o tráfego que chegar até ela será escoado sem encontrar nenhuma retenção. O que precisamos melhorar agora são as estradas que chegam até essa supervia, de forma que ela possa ser melhor utilizada”, explica o diretor-adjunto da RNP.