RNP implementa solução inovadora na Ebserh para atender necessidade de armazenamento
Com o avanço tecnológico, o volume de dados produzido por empresas aumenta cada vez mais, o que leva à busca por meios de armazenamento que sejam seguros e confiáveis. No entanto, as soluções mais convencionais podem levar a gastos significativos, por conta da necessidade de ampliar periodicamente o espaço físico para armazenamento, o alto custo das peças, a depreciação do hardware e os gastos com manutenção.
Como uma forma de mitigar esses pontos, a RNP desenvolveu um sistema customizado para atender à necessidade de armazenamento da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Por meio da prática conhecida como storage as a service (StaaS), ou armazenamento como serviço, a Ebserh aluga espaço em hardware para guardar todo tipo de dado, permitindo o acesso rápido a essas informações de qualquer lugar da empresa. O sistema funciona de maneira semelhante ao de armazenamento em nuvem, mas o equipamento está localizado dentro da própria Ebserh.
A solução surgiu após a Ebserh sentir a necessidade de ampliar seu sistema de armazenamento de informações com o menor impacto financeiro possível. O StaaS está em funcionamento desde abril de 2020 e se mostrou um sucesso.
O sistema trabalha por demanda, parecido com os serviços prestados por empresas de água e luz. A Ebserh pode usar o armazenamento sempre que for necessário guardar algum tipo de dado, como fotos, arquivos de som, arquivos de vídeo e planilhas. Com isso, a empresa só paga pelo espaço ocupado e não precisa se preocupar com o suporte ou compra de novos discos seja ele para reposição ou expansão do Staas.
“Só o fato de não ter o custo capital e outras coisas envolvidas, a solução já é mais barata do que qualquer outra de mercado”, ressalta Cristian Gonzalez, analista de operações sênior da RNP. “A Ebserh não desembolsou recursos financeiros para adquirir equipamento. Está pagando somente pelo uso”.
Por se tratar de uma solução de armazenamento físico, com dados diretamente acessíveis aos funcionários da Ebserh, esse serviço inovador também atende à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Por exemplo, caso seja necessário, os dados guardados podem ser completamente eliminados. Na hipótese de uma investigação judicial, discos com informações específicas devem ser entregues às autoridades cabíveis.
Benefícios vão além das finanças
Os equipamentos de armazenamento são fornecidos pela Zadara, empresa de tecnologia com sede nos EUA, o suporte da solução e proativo, ou seja, todo tempo e monitorado o equipamento 24/7 365 dias para garantir o perfeito funcionamento do Staas. A própria RNP também disponibiliza uma equipe especializada para atender a Ebserh.
O StaaS também é adaptável às necessidades da Ebserh, já que há a possibilidade de expandir o espaço disponível para armazenamento. Essa ampliação ocorre por meio da instalação de novas peças na estrutura montada na sede da instituição em Brasília. Um outro ponto relevante é que a ferramenta é versátil e permite o uso de recursos como criptografia.
Outro benefício do sistema é a capacidade de usar diferentes tipos de arquiteturas para guardar dados. Entre as mais usadas atualmente estão o armazenamento de objetos, que transforma dados em estruturas que podem ter seu tamanho ampliado quando necessário; e o armazenamento em blocos, que divide as informações em objetos menores e armazena esses pedaços em locais mais convenientes, garantindo rapidez no acesso aos dados.
Ponto de partida para o futuro
Com o sucesso do empreendimento na Ebserh, a RNP ampliou o uso de StaaS para outros parceiros e aplicações, como o Eduplay, maior portal de vídeo para o ensino superior no Brasil. A experiência também servirá para aperfeiçoar o próprio StaaS, permitindo que a Ebserh tenha acesso a mais recursos.
“Estão sendo desenvolvidos novos produtos e novos serviços a partir dessa tecnologia que a gente vem trabalhando e conhecendo ao longo do ano. Alguns projetos futuros da RNP estão diretamente ligados ao conhecimento adquirido com essa solução desenvolvida para a Ebserh”, conclui Cristian Gonzalez.