RNP participa da edição de 2015 do CBTMs

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- 29/10/2015

Entre os dias 28 e 30/10, foi realizada a edição 2015 do Congresso Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde (CBTMs), na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj). O evento incluiu apresentação de painéis diversificados com diferentes abordagens sobre o universo da telessaúde e da telemedicina no Brasil e no mundo, e grupos de trabalho sobre tele-educação, teleodontologia, atenção primária, informática em saúde, entre outros temas.

O primeiro dia de congresso contou com a participação dos diretores da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Michael Stanton (Pesquisa e Desenvolvimento), José Luiz Ribeiro Filho (Serviços e Soluções) e Wilson Coury (Gestão). Este último participou do painel sobre infraestrutura e sustentabilidade moderado pelo coordenador nacional da Rede Universitária de Telemedicina (Rute), Luiz Ary Messina. A iniciativa, que conecta e integra os hospitais públicos universitários e de ensino, é coordenada pela RNP. Messina também moderou o painel sobre a telessaúde e os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), com participação de representantes de cada país.

Ao falar sobre redes acadêmicas, Michael relembrou a chegada da internet no país, apresentou a RNP e a missão de promover o uso inovador de redes avançadas no Brasil, mostrou como está constituída a rede academia nacional, a Rede Ipê, com 27 pontos de presença, e destacou a infraestrutura de conexão da RNP para uso de vídeo e transmissão de imagens com resolução em Ultra Alta Definição (4K) em cirurgias complexas. “As aplicações avançadas desenvolvidas possibilitaram novas parcerias na área da saúde que antes não tínhamos”, explicou.

Em sua apresentação, Wilson fez um panorama do trabalho realizado pela RNP, que provê infraestrutura de rede óptica a 1219 campi e unidades nas capitais e no interior, abrangendo principalmente universidades, institutos e unidades de pesquisa federais e estaduais, hospitais de ensino e museus. Mostrou o backbone nacional e ressaltou a importância da atualização da capacidade da rede Ipê para 100 Gb/s. “Essa será a infraestrutura necessária para atender a demanda futura da internet no que diz respeito ao armazenamento e transmissão de dados, teses, slides e acesso a acervos digitais do Brasil”, afirmou. O diretor também apresentou a estratégia da RNP para os próximos cinco anos. “Nossa visão para 2020 inclui a definição de dois eixos estruturantes, que são a mobilização de uma infraestrutura de comunicação nacional e internacional expansível e a atuação integrada dentro dos campi das instituições clientes”, ressaltou.

A iniciativa Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa (Redecomep) e a implantação da rede metropolitana do Rio de Janeiro, Rede Rio, foram destaques na palestra de José Luiz sobre infraestrutura em rede na cidade e no estado do Rio. Atualmente são 127 pontos atendidos: 60 são de instituições acadêmicas e os demais de parceiros como as prefeituras (28 pontos), a Supervia (22) e o Metrô-Rio (17).  “Agora estamos indo rumo ao interior do Rio, com o projeto Veredas Novas, que oferece condições de uso de internet acadêmica para o desenvolvimento da pesquisa colaborativa e o experimento de aplicações avançadas similares àquelas das instituições nas capitais do país”, revelou. Segundo ele, 119 institutos de ensino e pesquisa poderão ser atendidos com uma rede própria no interior.

Entre os impactos de primeira ordem do programa Redecomep, o diretor citou o maior número de projetos colaborativos nacionais e locais e melhoria das conexões locais para a rede nacional da RNP, a participação ativa de estados e municípios na manutenção da infraestrutura e implantação de pontos de tráfego entre as redes metropolitanas. Atualmente estão implantadas 37 redes ópticas em operação, com conexões de pelo menos 1 Gb/s entre seus participantes.