RNP promove encontro de pesquisadores que estão desenvolvendo a TV 3.0 para discutir a jornada do usuário
Nos dias 3 e 4/8, a RNP promoveu, em um hotel no Rio de Janeiro, um encontro para os integrantes do Grupo de Trabalho de Codificação de Aplicações do projeto de desenvolvimento da TV 3.0, incentivado pelo Ministério das Comunicações (MCom) em parceria com o Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital Terrestre (Fórum SBTVD). O evento reuniu pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), da Universidade Federal Fluminense (UFF) e da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), além de colaboradores da RNP, com o objetivo de promover um debate sobre a jornada do usuário da próxima geração da televisão no Brasil.
A metodologia ágil do design thinking permeou toda a programação. No primeiro dia, foi criado todo o contexto do desenvolvimento da nova tecnologia, com participação ativa e colaborativa dos presentes e, no segundo, a partir da cocriação, foi realizada a identificação das personas que farão o uso da TV 3.0 e suas respectivas necessidades e a criação de um esboço da jornada do usuário.
“Esses encontros são muito importantes porque suscitam a discussão tendo diferentes pontos de vistas em cima desse requisito importante para a TV 3.0 que é uma mudança de paradigma do que a gente conhece hoje como canais de tv e passará a ser tudo orientação para aplicativos. Montamos uma equipe bem heterogênea com computação, comunicação social e, agora, temos o suporte da RNP trazendo essa metodologia do design thinking, que faz a gente questionar se o caminho está correto, que dificuldades os usuários de TV, os nossos telespectadores, vão ter com essa nova abordagem. Só assim vamos chegar em um resultado que tem maior chance possível de ser adotado e conseguir atender às necessidades dos diferentes perfis de telespectadores que temos. Esse tipo de discussão no processo de P&D é fundamental, conseguindo ir a fundo nos problemas reais que as pessoas vão ter ao encarar essa nova tecnologia e forma de ver TV”, avaliou o coordenador do GT de Codificação de Aplicações e professor da UFJF, Marcelo Moreno.
Para o professor e pesquisador da UFPB Guido Lemos, “a dinâmica de um encontro presencial é diferente das videoconferências, principalmente, porque rola o cafezinho, a conversa informal e um debate mais natural. Fica muito rico e você começa a conhecer visões diferentes e calibrar essas visões. Acho essencial. Muito bacana a ideia, com uma metodologia legal e juntou as pessoas que há anos estão pensando nessa TV, nessa transição e conseguimos formalizar uma visão”, destacou.
Papel da RNP na TV 3.0
A RNP foi convocada pelo MCom e se integrou à terceira fase do projeto coordenado pelo Fórum SBTVD, disponibilizando apoio a grupos de pesquisas de seis universidades brasileiras, encarregados de dez metas tocadas por cerca de 70 pesquisadores para realizar as pesquisas que resultarão em insumos para a “construção” da TV 3.0.
“É bem o espirito da RNP de promover conexões. Nosso papel vai além da gestão formal de
projetos, a gente busca identificar essas oportunidades e ajudar para que as pessoas estejam juntas e criem esse senso de comunidade, promover essas trocas de experiências, para que a própria agenda de pesquisa possa avançar. O projeto da TV 3.0 está muito relacionado com o dia a dia das pessoas, tem um impacto social muito grande e a RNP tem esse papel de juntar as pessoas. A iniciativa tem um impacto social muito grande e, por mais que haja um esforço, que exista o Fórum SBTVD e universidades participando, depois da pandemia essa discussão ficou muito isolada. A RNP tem esse papel de trazer outros agentes com os quais a RNP se relaciona e os grupos que a gente não se relaciona para participarem do debate, arejar, trazerem novas ideias e contribuírem para que o projeto avance”, concluiu o gerente de Soluções e líder da TV 3.0 pelo lado da RNP, Adriano Adoryan.