Prova de conceito do Internet Brasil alcançará até 10 mil estudantes
Criado para ampliar o acesso à internet de alunos da rede pública de ensino básico, o Programa Internet Brasil, executado pela RNP, está em fase de Prova de Conceito. Em uma espécie de projeto-piloto, cerca de 10 mil estudantes de 15 escolas em seis cidades da Região Nordeste vão receber chips com banda larga móvel, para usar dentro e fora das unidades escolares.
Para Hélder Vitorino de Souza, gerente do projeto, a Prova de Conceito (PoC, como é conhecida essa etapa) é fundamental para o desenvolvimento do programa, porque permite aprimorar o serviço. “A RNP está realizando a PoC justamente para compreender melhor os aspectos técnicos e possibilidades de uso, fomentar novos modelos e entender as potencialidades e até mesmo as limitações do programa. Isto nos permitirá fazer os ajustes necessários antes de expandir para as demais escolas”, destacou.
O programa, fomentado pelo Ministério das Comunicações (MCom), com apoio do Ministério da Educação (MEC) e executado pela RNP, escolheu seis cidades para a primeira entrega dos chips neutros – cartão similar ao tradicional, mas com a tecnologia e-SIM Card, que permite a mudança de operadora em caso de instabilidade, pela RNP. Os municípios contemplados são Caicó (RN), Campina Grande (PB), Caruaru (PE), Juazeiro (BA), Mossoró (RN) e Petrolina (PE). As 15 escolas selecionadas têm até 23 de setembro para solicitar, no portal Internet Brasil, o benefício para os alunos aptos a participar do programa.
A coordenadora do núcleo de tecnologia educacional da rede municipal de educação de Petrolina (PE), Arlete Régis, conta que todos os envolvidos – funcionários da Secretaria e das escolas – estão empenhados para garantir o sucesso do projeto. Ela espera que a adesão ao programa impacte positivamente as comunidades escolares, contribuindo para a redução da evasão escolar e para melhores resultados na aprendizagem.
“A participação no projeto-piloto demonstra a importância dada pela Rede Municipal de Ensino a uma educação inovadora e inclusiva, pois insere cidadãos menos favorecidos no uso das tecnologias. O programa contribuirá com a inclusão digital dos estudantes e seus familiares, mas também possibilitará que os docentes inovem em suas práticas pedagógicas”, afirmou Arlete.