RNP lança Centro Nacional de Dados no segundo dia do Fórum
Parceria inédita com datacenters privados amplia armazenamento de instituições de ensino e pesquisa
Um dia após o lançamento do Centro de Operações em Segurança, a RNP anunciou mais um novo serviço para seu Sistema. O Centro Nacional de Dados promete expandir e melhorar a oferta de serviços de hospedagem graças a um modelo inédito de parceria com datacenters privados.
A parceria vai garantir a simplificação da gestão e da operação de data centers para o Sistema RNP. As instituições terão acesso a datacenters de alto desempenho integrados à rede de alta velocidade da RNP, com grande capacidade de armazenamento e segurança.
“O CND vai hospedar os dados produzidos em laboratórios e observatórios, que poderão ser amplamente disponibilizados para a comunidade”, explicou o diretor-adjunto de serviços da RNP, Luiz Coelho. “Estamos construindo um novo conceito de equipamento de uso comunitário. O conjunto de instituições de ensino e pesquisa poderá disponibilizar dados que serão compartilhados por toda a comunidade, com acesso franqueado.”
Todos os datacenters estão em território brasileiro, preservando o sigilo e a privacidade das informações e arquivos armazenados, o que garante a soberania nacional sobre os dados. O CND deve entrar em operação em novembro. O Centro estará dividido em três pontos focais: Brasília, São Paulo e Fortaleza.
Para Andrés Menéndez, coordenador do CGTIC (Colégio de Gestores de Tecnologia de Comunicação) e superintendente de TI da Universidade Federal de Sergipe (UFS), “é um serviço essencial e urgente”.
Participaram ainda do painel de apresentação do CND Alex Galhano, coordenador de Serviços da RNP, Rodrigo Azevedo, gerente de serviços da RNP, e Débora Reis, coordenadora de PD&I e gestora do Serviço de Suporte à e-Ciência da RNP.
Rede eCiber
A última apresentação do dia na Arena I do Fórum RNP foi sobre a rede eCiber, infraestrutura de alta velocidade que está sendo implementada pela RNP para atender ao setor de e-Ciência, que precisa de uma estrutura de alto desempenho para transferências massivas de dados. Com velocidade de até 100 Gb/s, a rede também será interligada ao Centro Nacional de Dados (CND), para permitir o armazenamento das informações transmitidas.
O projeto já está em funcionamento e atende a três instituições: Senai Cimatec, LNCC e o INPE. “Ainda é um projeto, mas já está em execução, iniciando as operações, com todas as instituições ligadas às duas redes, Ipê [rede acadêmica brasileira] e e-Ciência”, explicou Débora Reis, gestora do Serviço de Suporte à e-Ciência da RNP.
Com recursos do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) do governo federal, a RNP vai continuar o desenvolvimento da eCiber. “Temos a previsão de 12 instituições aderirem até 2026. É algo que está de fato começando, e estamos amadurecendo”, disse Débora.
André Luis da Cunha Dantas Lima, gerente de Área Tecnológica de HPC e Cloud, Redes & Segurança Cibernética do Senai Cimatec, exibiu dados que atestam a necessidade de uma rede do tipo e de soluções de armazenamento. De acordo com ele, em apenas um projeto, o download de dados diários fica entre 5 Gb e 30 Gb. “A volumetria de dados nos traz justamente essa visão de quão necessária é uma rede de altíssima velocidade”, afirmou.